Use o stress para ensinar!
A aderência ao estudo e ao desenvolvimento envolve fatores psicológicos importantes. Se você é professor de idiomas, desenvolvimento físico, financeiro ou outras áreas que incentivam o aluno a sair da sua zona de conforto, este post pode ser muito útil para reflexão, à luz dos conteúdos produzidos.
A neurociência constantemente destaca estudos sobre o desenvolvimento da liderança. Ao abordar o ato de liderar, percebe-se que é uma combinação de ações e princípios que desenvolvem o ser humano nas competências de liderar a si mesmo e os outros.
Para isso, apresentarei o conceiro da lei de Yerkes-Dodson e como pode auxiliar no engajamento do aluno visando um comprometimento a longo prazo.

A lei de Yerkes-Dodson é uma teoria psicológica que afirma que o desempenho de uma tarefa é otimizado quando o nível de excitação ou ansiedade do indivíduo está em um nível moderado. Quando o nível de excitação é muito baixo, o desempenho é deficiente. Quando o nível de excitação é muito alto, o desempenho também é deficiente.
Essa teoria pode ser aplicada à construção de conteúdos para alunos. Quando o conteúdo é muito fácil, os alunos ficam entediados e não aprendem. Quando o conteúdo é muito difícil, os alunos ficam ansiosos e não conseguem se concentrar.
O ideal é que o conteúdo seja desafiador, mas não impossível. Os alunos devem sentir que podem aprender, mas que precisam se esforçar para isso. Aqui estão algumas dicas para construir conteúdos para alunos com base na lei de Yerkes-Dodson:
Considere o nível de conhecimento dos alunos. O conteúdo deve ser desafiador, mas não impossível.
Divida o conteúdo em partes menores. Isso tornará o conteúdo menos intimidante.
Forneça feedback constante. Isso ajudará os alunos a saber se estão no caminho certo.
Inclua oportunidades para prática. A prática é essencial para a aprendizagem.
"Até certo ponto motivam-nos a aprender e a ter um bom desempenho mas ultapassando este ponto, a pressão pode ser tão elevada que acaba por distrair uma pessoa da sua tarefa - Resultado indesejável para todos." (Ariely 2011)
O princípio de Yerkes-Dodson apresenta algumas variáveis de acordo com os estudos de Ariely (2011). Ao verificar esses pontos, podem-se condicionar os resultados de maneira mais previsível:
Características da tarefa e o grau de dificuldade;
Características do indivíduo (se cede ou não com facilidade à pressão);
Características ligadas à experiência do indivíduo com a tarefa (se tem muita prática na tarefa ou em que grau de esforço ela exige).
Comunicação e tipos de aderência:
Após observar as questões da neurociência do comportamento, pense em sua estratégia de comunicação, abrangendo pontos importantes desde a captação de novos clientes até a manutenção daqueles que já estão aprendendo com você. Separei 3 dicas para aplicar de forma intencional:
Pequenos desafios: Conteúdos com desafios de pequena escala podem estimular a execução da tarefa.
Análise de progresso: Acompanhe os esforços dos alunos e, ao fornecer feedback, evite palavras vazias como "parabéns". Em vez disso, destaque realizações específicas, por exemplo: "Muito bom, observei que você dedicou 20 minutos diários aos estudos. Ao realizar essas pequenas tarefas, você já alcançou um feito significativo."
Utilize as caixinhas de perguntas para saber as dificuldades individuais das pessoas. Anote essas observações, pois elas têm um valor inestimável!
Ao aplicar a lei de Yerkes-Dodson à construção de conteúdos, os professores podem ajudar os alunos a aprender e engajar ao conteúdo de forma eficaz e eficiente.
Referências
Ariely, D. (2011). O lado bom da irracionalidade: os inesperados benefícios de desafiar a lógica em casa e no trabalho. Lisboa: Relógio d'Água.
Rodrigues, F., Diogo, J., & Oliveira, M. (2015). Princípios de neuromarketing: neurociência cognitiva aplicada ao consumo, espaços e design. Porto: Porto Editora.